sábado, 20 de dezembro de 2008

KAKI DEJORI KIKU





Kaki dejori kiku! Dájeri jifé cakodí emas iléli diréjos imi dejilós. Ífida isê, ké tófajo eko-kado da nori dúposi. Ta ome tadócavos, todipí, séfosa. Olôleli as palélu! Cecipús dis pésofi, puselílu, risódemi, osa, jojiro? Tedí! Apiçô pédi romé os ifimadú seçásimo néturi. Osoci dós, imási majobisú, idu rosa, odisi dísuso. Íduso sô ólis asode risemélis. Ídosu, joro milopôsidu, olí ésdato lômosi di ônisu - lisór idevalós! Kiko dejori kaki!


sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

HISTÓRIA DAS COISAS - O VÍDEO

http://www.storyofstuff.com/

http://videolog.uol.com.br/video.php?id=353307

Zóio bem aberto pois bem que bem não estamos e não vamos desta assim forma para lugar algum onde felicidade esteja seja daquela que põe n’alma da gente sossego e gostosura de tudo bem estar no movimento milenar das ações humanas na vida seja dia-a-dia seja multi-secular.
Sabedores somos na periferia de nossas consciências que ao largo tem passado a sabedoria de saber ser e exercer vida harmonia bem-estar geral de todos os nós em todos os muitos bilhões que por aqui neste bola girante respiram.
Pieguices à parte fato é que há cegueira e zumbizices em comportamentos e atitudes nossas gado agoniado pelo medo da ausência de pastagens que ignorantes não vemos aqui estar desde muito e para sempre perenes – e dá-lhe que corre para longe muito longe tão longe que do território do medo não sai.
Hora hora hora que hora é quiça talvez certeza temos de xô xô xô exigências desnecessárias e desmanteladoras da vida - aquela que conta com a existência do outro sim o outro que não este pisado sapateado coisificado de tal maneira jeito que coisa vira - e olha que risco corremos de por hábito genética virar e virarmos nadas que nadam nas chamas de um fogaréu inventado para que nademos atrás de quiméricas águas prometidas e nunca cumpridas posto que se cumpridas fogaréu ó puft puft some desaparece se desmantela em nadas - ufa enfim libertos.
Posto isto pensar é bom - sentir também e raciocinar é o melhor quando a ponta do novelo é o gozo e tesão pelo bem-estar inteligente, ativo e geral dos homens, do mundo e das coisas e suas histórias as novas as que serão as do porvir e devir transmutado transformado como na real natureza assim é e sempre será - quaquaraquaquá.
E ói que desde dantes diz o de sempre Avatar – se num vai pelo amô, vai pela dô – hehehehehe.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

INCOERÊNCIAS DO AMOR

Nos anos 60, um grupo de amigos do subúrbio de São Paulo, em meio a concursos de miss, oficinas mecânicas e cabeleireiros, buscam o encontro do ser amado e resgata-nos o lado romântico que mostra que amar pode dar certo!



quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

JULIANA GARCIA - exposição AINDA GENTE


Vai lá que ela e dela obra é daquela gente que a gente olha chega perto e se encanta com o encanto - encanto doce e firme e macio e ainda mais é Juliana Garcia Que Delicadeza Pontiagudamente Carinhosa - é vez e hora de lá ir pertinho dela obra a sua que junto dela ainda mais gente a gente fica.
Uma zoiada no site é deleite: www.istonaoeumescritorio.com

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

ARGH

não quero ficar triste pois já estou na medida em que posso deixar de estar - simples virar mudar girar e deixar ficar o que era foi mesmo que inda agorinha parece bobagem besteira ninharia mediocrices beirando o piegas e a infantocracia
Mas porra – é o que é e está!
Não? Não, mesmo? Nananinanão? Não e não? Estava? Não é mais? Mudou?
Sim! Sim, mesmo! Simsimsimsimsim! Sim e sim! Está! É! Mudou!
intervalos infinitesimais parecem uma eternidade maçante quando no pequeníssimo trecho se crava a atenção tal qual âncora - não às âncoras ao mar - sim às velas ao vento - que naufrague e afunde que singre e cruze que de porto em porto seja o movimento – Argh - aquele de fazer quando se enfia o dedo na garganta por vontade própria, querendo, desejando em ação pura purificar – argh, argh e argh – já estar triste não quero pois estou na medida em que deixar de ficar posso

sábado, 29 de novembro de 2008

NATURE BOY (para Cezar Altai)

Ele, hehe, auto-fez os retratos e enviou. Eu vi e adorei. Pesquei, lá de trás, NATURE BOY. Pronto! Dedicado à ele, o Cezar, o Altai, artista do caralho!, amigo de longa data, parceiro ÃO e “BICHO DA MESMA SENDA”.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

OLHANTE

sábado e domingo mistura de tudo que se pode imaginar quando sentados em alguma praça passamos a vida a olhar com olhos de quem olha e de quem não passa assim meio entre separado apartado distante alienado - alienação ação de alienar alien ali em ação - pára-quedas cai e não desce corpo desce e não cai avião passa na praça desfigurada de tanto passar passantes cair pára-quedas descer sem olhar o olhar o dos olhantes os olhos passantes os desfilantes corpos os alijados os ali aleijados os de sem reais olhos os de olhar com olhos de quem não olha o olhar de olhos que olham alguma praça sentados quando se pode imaginar tudo que mistura de domingo e sábado

sábado, 22 de novembro de 2008

FRUTO MADURO



Espero o sinal desconhecido.
Maduro, balanço.
Uma já não me quer
Enquanto a outra me fita.

A queda é inevitável
(eu sei).

Uns apodrecem aqui
enquanto outros ali
A não ser
alguém passe
colha
coma
digira
evacue lá

Lá é o lugar da semente
onde a reta continua
infinitamente.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

FFFFFFFFFFF...

linha reta alinha pontos
pontos muitos multitudes
multidões ponticulares
partes juntas de pontinhos

vejam só, que grudadinhos!

sopro sopra curva lá
sopra aqui sopro acolá
‘té que curva linha dança
vejam só que danadinhos

os pontinhos, olhem lá!

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

LÁGRIMAS NEGRAS

Negro. Maciez sedosa. Branco e chocolate.
Camiseta e pele. Ombro à mostra. Andar trôpego.
Olhar lento sob pálpebras a quase fechar.
Alto, longo, líneo – elegância aquele ombro à mostra.
Talvez tristeza ou repulsa à quem veja e pense.
Nele: doçura bêbada com a qual cruzei.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

BEM ADIR BEM IZAURA

Inteira juntos Seu Adir e Dona Izaura uma vida. Inteira a vida junto deles e deles inteiramente juntos tantos outros e outras e momentos fatos vida. Loucos malucos doidinhos lelés pancadas e etecétera e tal, pois não há neles resquícios sobras arestas de desamor desrespeito desafeto – tudo sempre foi mais, muito mais e sempre prontos para o riso harmonia festa alegria astral sabedoria. E isto tudo tendo tudo o que todos têm de aquilo que chamamos de merdas, um saco, chatices, dissabores, decepções, barras-pesadas e assim por diante, se bem que para eles, no adiante só seguir ir ver conhecer resolver aprender viver viver viver e... e... e... Digam-me se doidos não são? Sim ou não? Eu digo sim! Doidos de vida e de amor, amor do bão, daquele que não teme o se dar o se misturar o se amalgamar em nobre metal preciosa pedra curativa e curadora fazedora de arte obra em vida. Ele Adir e ela Izaura. Eles nortes portos azimutes vetores flechas de cupido querido queridos meus nossos Dona Izaura e Seu Adir – hehehehehe, adoro assim chamá-los clamá-los orá-los bendizê-los e neles assim me espelhar tal qual se faz frente diante amados ídolos – eles meus de ternuras plenos posto que animados pela vida sempre agora.

domingo, 9 de novembro de 2008

DANI UMPI E ADRIAN SOIZA em DRAMÁTICA

DANI UMPI + ADRIAN SOIZA
Anticipan su disco “DRAMÁTICA”
EL CUBO - martes, 11 de noviembre - 21:00 - Zelaya 3053 (entre Anchorena y Jean Jaures - Abasto)

"Dramática" es un espectáculo que recrea los mejores momentos de esas experiencias y presenta nuevas aventuras musicales. El repertorio se basa en re-versiones de temas populares llevados a otros ritmos, otras estéticas, como sólo la personalidad de Umpi y el virtuosismo musical de Soiza podrían hacerlo.

De este modo canciones de Raffaella Carrá se vuelven chacareras, cumbias villeras mutan en elegantes bossa nova y ritmos folklóricos de visten de funk. Una ensalada donde el principal aderezo es el agrio encanto del desamor y que incluye a Camilo Sesto, El Otro Yo, Yuri, Redonditos de Ricota, Valeria Lynch, Ace of Base, Nestor en Bloque y Fun People, entre otros, pasando del uno al otro como si tal cosa.

Sofisticado y freak.

Solemne y risueño.

Las penas de amor con sus más brillantes lágrimas.

http://www.myspace.com/dramaticamusical

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

QUE “LA VIE” SEJA “EN ROSE”

Hoje é o dia da ida para o segundo passo, que se dá em tempo mesmo que a finalização do primeiro. QUE “LA VIE” SEJA “EN ROSE” (pour moi e pour mes amours).

terça-feira, 4 de novembro de 2008

VICE-VERSA



Feio. Muito feio. Feio mesmo. Este era ele. Sim, era, pois tudo mudou, e belo, muito belo, belo mesmo, ficou. Foi muito rápido e surpreendente, até para ele o autor ator da façanha. Deu-se que cansou, cansou de ser feio, muito feio, feio mesmo, e se quedou janela abaixo devido a isto – ao cansaço, é claro!
Que os senhores e senhoras não se precipitem pela cabeça a murmurar conclusões, pois há que se cautela ter, ainda mais no caso este em particular onde a solução da feiúra em vida pode sussurrar sugestões de beleza em morte. Se bem que perto disto estamos, penso, pois o fim da história, esta, ainda não sei – sequer sua trama. Mas, sigo e escrevo que foi assim, de repente, do dia para a noite – e o foi, posto que dormiu feio e acordou belo.
A janela? No sonho! Através dela, em desespero, jogou-se, vindo em lágrimas do diante do espelho – o que se deu em menos de seis segundos. Sim! Rápido assim! Vejam: o espelho está ao lado da janela e o andar é o sétimo: parará, pirirí, pum, pá estatelado está. Tudo consumado estava, no sonho, ao menos até esta parte da história, desta onde acordou belo, muito belo, belo mesmo – irreconhecível.
Perguntavam todos a todos: Sabe quem é aquele? Todos respondiam: Não! E todos, ainda estupefatos, diziam em tom de glória e horror: E ele, sim, ele, aquele feio, muito feio, feio mesmo! Todos e todos burburinharam em quase histeria até que ele, sim, ele, o ex-feio atualmente belo resolveu revelar que não sabia como aquilo se havia dado; e contava, contava, à exaustão, a história do tal sonho, e que acordara assim belo, muito belo. E a cada nova repetição, todos exclamavam: Belo mesmo!!!
Este leva e trás, diz-que-me-diz, falatório, zum-zum-zum, durou para mais de quase um ano, ou seja, quase dois. Enquanto ralentavam os comentário, aceleravam-se as pesquisas científicas. O mundo estudou o ocorrido. E ele, assim como outros tantos feito uma onda efeito cascata dominó, cada vez mais belo, muito belo, belo mesmo.
Hoje, já se sabe que mistérios não há nesta história. Hoje, já sabemos que coisas estas são normais, banais, corriqueiras mesmo. Não é? Hoje, dormir feio e acordar belo é o que há de mais elementar. Hoje, o problema questão senão está em decifrarmos o terrível dormir belo e acordar feio. Hoje, pasmem, quase ninguém quer dormir. Hoje grassa o medo em noites abismos infernais.
Pois é, vejam só como tudo ficou! Mas, pois sempre há um mas (e ainda bem), pasmem novamente os senhores e senhoras: Nós, eu e ele, aquele, o ex-feio, o já desde há muito falecido belo, reencarnamos! Sim, e com consciência o fizemos – coisas destes novos surpreendentes tempos. Hoje? Cada um de nós causa provoca atiça horror e idolatria, tal como ele àqueles tempos. E isto por questão não fazermos quanto ao vice ou versa; por dormirmos mesmo assim, sendo feio, muito feio, feio mesmo ou belo, muito belo, belo mesmo. Vejam só, senhoras e senhores, a que termo chegou a história.
Bons sonhos à todos!


P.S.: Alguém disse que este isto não tem nada a ver com aquele aquilo? Disse? É mesmo? Sei!

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

LOCAL LUGAR


Lugar local este cada um de nós que em separado segue em ser: múltiplas chaves a pré-rogar possíveis habilidades outras e tantas contidas num só estufado pacote dito impossível de se exercer nas todas e várias faces nada fáceis, devido múltiplas e variáveis. Eis a fachada ambiente mesa onde tudo se põe se espalha distribui exasperando o ser, o dito assim único: fantasia - ledo engano (MAIA) ilusão - de ser apenas este numa existência que em real estado e o de todos aqueles estes (os SEM-CORPOS) berrando desde a periferia ao dentro, no centro, o cetro, o ponto que aponta, acusa, reclama, sofre, agonia por desde toda a memória de-sen-vol-vi-da e que a tudo do ser segue afunilando em cada vez mais estreita cloaca, que por menos e menor, transbordar faz o acima, na boca a maior, a que recebe, a que aberta e larga está, hora, escorrendo para fora, borbotando e encharcando os vazios espaços, ocupando-os em desespero e inchaço. Desafunilar? Tornar tubo largo frouxo? Desfazer? Desdizer? Destronar funil? Desviolar, desmiolar? Eleger, entronar a largura? Instaurar livre escoar, lépido e fagueiro exercício de felicidade outra que não a possível, mas a que existência é? Múltiplas chaves a pré-rogar habilidades nestes cada um de nós que em separados seguem cegos cegados cegantes gigantes talvez um dia quem sabe, saberemos, de algum local lugar.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

DANI UMPI - CALIFORNIA (QUE EL CIELO EXISTE)

CALIFORNIA (que el cielo existe) - ESTEBAN GARCIA

que el dia sea clarísimo
que lá comida sea sabrosa y abundante
que los amigos sean divertidos
que la cama sea blanda
que los espejos sean grandes
que haya blueberries y helado de postre
que el beso sea largo y mojado
que la billetera esté hichada
que el agua y la sombra sean frescas
que alguien cuente algo que haga reir
que salgas de compras en paises extranjeros
que la heledera esté colmada
que la piel sea suave, oscura y olorosa
que el fin de semana haya una megafiesta
que esté él
que la ropa sea nueva y esté de moda
que tu cuerpo se vea espléndido al moverse
que sientas como siente un animal
que te guiés solamente por el tacto y el olfato
que goces como una pera
que seas profundamente triste y salvajemente alegre
y extremadamente agitada y absolutamente tranquila
que haya música moderna cuando tengas gana de bailar
que los desconocidos saluden y digan hola
que brillen las estrellas
que nada te preocupes
que no esperes nada
que vos des el primer paso
que solamente lo hagas
que no pienses en nada más que en eso
que no pienses en nada
que no pienses en nadie
ni en vos misma
que ya no tengas miedo a nada
que arrases con todo

INDIA SONG (Para Cortar Os Pulsos)



cortar os pulsos
chance à morte
tão nossa de cada dia
escoar a seiva
escorrer a fonte que pulsa
espalhar
empapar
espargir a benta viscosidade
lavar por dentro
benesses do avesso


Para Cida Moreira e André Frateschi interpretando Tom Waits no show "Canções Para Cortar Os Pulsos" - INESQUECÍVEL E FUNDAMENTAL!

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

CEZAR ALTAI E UM DE SEUS VUDUS PICTÓRICOS

É TUDO TÃO RÁPIDO - CA RC



Vídeo utilizando trecho final do filme de divulgação do trabalho do artista Cezar Altai, suas pinturas tridimensionais denominadas Vudus Pictóricos. Tom Waits participa, pois foi esta canção que deflagrou a necessidade da construção do vídeo.

domingo, 26 de outubro de 2008

ENTENDER SER PRECISO NÃO SER PRECISO ENTENDER



Do peito, Amigo, sem calculo intenção, exige deste aqui exigir-se texto palavras umas atrás das outras - fila seqüência encordoamento teia trama luz sobre seculares não-entendis acusatórios:

Entre há entre entender/não entender. Reside mora habita aí parar respirar olhar ficar - liberdade “põe” ética, descoberta poética de um ou mais possíveis, dantes não entendido por e devido o tal entender ter que, e de. Dar trabalho se por ao trabalho trabalhar atenção intenção permissão – a auto - ato de quedar diante do diante. Silenciar entender-não-entender. Fim a que apenas o apreender dê a si a compreensão adiante mais após além abismo Dionísio, o Louco. Depois do vivido? O entender que engendre a ordem que, por si e per se, ordena a desordem! O “vai e vem sem fim” filme ficção literatura invenção esgar fatia visível apenas parte do mais e mais articulador de vidas almas esquecidas de si – as próprias que em pequenos barcos salva-vidas guetos imperativos de entendimentos e imperadores de territórios, tempo o todo, medrosos por ausência vazio do exercício exército inteligência não medida não pesada não estática estatística âncora fincada no lamaçal lamacento lamentoso eterno lamento de ser preciso entender o não preciso, o impreciso. Tudo como se o raciocinar fosse linear linha reta, como se sobre mapas o passo-a-passo lei fosse, como se no mundo tudo de pronto fosse legível, como se estanque fosse a loucura entre grades, como se o amor cristaleira fosse de bibelôs. Como se a alma fosse mero detalhe e a vida, fedentina fossa.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

IVO POGORELICH - SCHERZO No. 3, OP. 39/CHOPIN

Pogorelich o Ivo uivo lanho relich bicho relichioso religioso régio religare do latim conceito do estar lá aqui entre tocado pelos deuses ditos da presença inteira no íntegro ato fato divino-na ação comunicação interação convocação do estado de presente presença ambígua a ambiguar cima baixo fora dentro certo incerto concerto com c de som de s conserta ferramenta instrumento nosso corpo todo inteiro de primevo a contemporâneo instinto intelecto alma soma de Z a Amalgamada num só todo vertente em dedos religiosos dados religando pontas tantas soltas ao léu sem céu sem chão sem conexão com vida como simples viver vivere pleno de víveres vísceras de vivas cheias fartas fortes francas frescas frondosidades flamejantes.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

VERA FOI, ELE NÃO

Sabe-se lá o que foi que nele deu de não ir! O que se sabe é que aconteceu - mas o o quê, o o quê, o o quê mesmo, não! O o quê que se sabe, sabendo mesmo, foi o o quê que não aconteceu. Não aconteceu de ele ir ter lá com ela. Ele não foi não indo e pronto. Empacou. Estaqueou e não, não foi. Ela? Veio! Veio e chegou na hora, na hora certa marcada desde antes noutro dia, quando ele foi. Ele? Não, não veio! Ela? Esperou. Ele? Não, não veio! Ela? Cansou! Ele? Não, não veio! Ela se foi e ele não veio, nem depois nunca mais. Mas ela voltou! Sim, voltou! Voltou, esperou, cansou e se foi! Ele? Nada, sequer soube; ao menos dizem. Sim, dizem; pois ouvi, e não, vi - que lá não estive. Aconteceu de eu não ir. Sabia e não fui. Não quis vontade não deu cansei preguiça grande e comprida. Mas, curioso depois fiquei e fui, aí sim, tirar saber. Tirar dos que dizem, e eles disseram o que aqui contado está: Que ele não foi e ela foi, esperou, cansou e se foi uma e outra novamente.
Desta vez, esta última ex-novamente, ela se foi para não mais voltar nunca d’outra vez. E não voltou nem para de onde veio quando veio lá esperar, cansar e se ir, por duas vezes. Não, ela não voltou para de onde veio. Sumiu. Disto ele soube, depois, agorinha tem umas horas - contaram. Soube e não foi. Ficou sem ir saber mais - o mais que ela fez querer ele fosse saber e ficasse sabendo. Dela? Não se sabia, ninguém. Dele? Lá, parado, dizem, para sempre estaqueado mesmo, no sentido à vera, pois Vera veio e apareceu há pouco, pouquinho mesmo, tem meia hora para ele lá; ele que não foi e nem precisou, pois ela veio. Só que veio só. Só do mundo este nosso Só apartada do vivo estado, trazendo marcas ainda roxas das rochas e o sangue escorrido escorrendo ainda em quantidade tal que ele não teve outra saída a não ser ao ver pular correndo de dela medo. Pulou, do dele quarto no andar segundo. Caiu vindo a falecer de estaca espeto fincada antes só no chão e agora também nele. Embaixo da janela, contam ainda vendo os que têm olhos de ver coisas estas estranhas, ela passa ele fica, ela vai ele fica, ela some ele fica embaixo da janela, estaqueado, estancado, de zóio arregalado parecendo ver Vera indo, indo, indo e sumindo.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

BALADA PARA MI MUERTE

A canção apresentada me foi, com interpretação de Mina, por Paulo Henrique amigão Pessoa. Piazzola em mim reverbera desde os lá tempos da dança. Diante de Balada Para Mi Muerte, o curso do pessoal projeto PEGASUS engrossou e trilha fiz para voz colocar, a minha que a mim estranhamente anima a continuar.
Em canceriana casa, noites altas, limitado equipamento e criativa excitante angústia, horas dias depois do encanto primeiro, aquele com Mina, finalizei o esboço (como sempre parece ao artista) daquilo que mais um passo é.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

BOLINHAS


As bolinhas existem em sentidos sensos sensores iguais e opostos ao tempo mesmo - uma “coisa” física, a quântica, entende! Sabe come é, que como se come há que se inteirar dos se movimentos contemporâneos; ao menos e mais saber o o que está ocorrendo havendo sendo no neste novo velho mundo. O que sabendo sei que sei e soube é que bolinhas sempre lá estiveram aqui desde os tais imemoriais tempos nascedouro desta raça dita linhagem de onde surgiu tudo, a humana, foi das bolinhas. Inicia, dizem, o começo, com bolinha talvez bolona explodindo boooommmm que no depois, de bolinha em bolinha cascateando efeito dominó aqui entre condições estas chegamos. É foi e será causa por devido em nome bolinhas que a tudo ficam mandar, mesmo que lá em sua nossa vossa insignificância humanamente conceituamos como nada bobagem quiçá instinto apenas- mandam em tudo, tudo mesmo, e olha lá nóis segue-segue corre-corre o que querem bolinhas; nós tudo fazendo e, em endos e andos, tadinhas e tadinhos de nós julgamos nós o supra-sumo das coisas e das loisas enquanto verdade fundo norte vertente nascedouro criação vem é das bolinhas tudo! Ah, as bolinhas! Ahhhh, às bolinhas! CUTUCA VAI, CUTUCA! CUTUCA QUE ESPIRRA ESPORRA EJETA EJACULA EXALA A EXATA ÚNICA FONTE ESPIRRANTE EXPURGANTE ESTONTEANTE DE SENTIDO SENSO SENSORIAL ALIMENTO EM PONTO DE ESTADO BALA - BOLA!

WHAT A DIFERENCE A DAY MAKES


What o que mesmo? O mesmo quê que fala a todos os todos de todas e todas as partes da vontade ser dentro e fora de ver e ter transformado dia num o mundo vida fatia cotidiano eternidade. Que seja o em que dia tudo mudou, que em aconteceu de o tudo, tudo , tudo ficou ficar ficará possível. Sendo este tudo o tudo e todo que impregnado do único capaz cujo nome não ouso arrisco emito vacilo macular escrevendo aqui e agora posto que já dito e ansiado e sentido e desejado e cacete-a-quadro, desde que o cacete seja o bom que de alma e corpo e arte é mistura gozante e derramante de sêmen-entes vários, múltiplos e somantes tanto fazendo se quatro, seis, dois; 11 7 3 ou 2, desde que difference faça.

domingo, 19 de outubro de 2008

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

CONSIDEREMOS, AO MENOS - DIGO

HERMETO, O PASCOAL



E JIDDU, o KRISHNAMURTI, propõe:


"O importante é o ser e não o vir-a-ser; um não é o oposto do outro; havendo o oposto ou a oposição, cessa o ser, haverá conflito. Ao findar o esforço para vir-a-ser surge a plenitude do ser, que não é estático; não se trata de aceitação ou de mera contestação; o vir-a-ser depende do tempo e do espaço. O esforço deve cessar; disso nasce o ser que transcende os limites da moral e da virtude social, e abala os alicerces da sociedade. Esta maneira de ser é a própria vida, não mero padrão social. Lá onde existe vida não existe perfeição; a perfeição é uma idéia, uma palavra; o próprio ato de viver e de existir transcende toda forma de pensamento e surge do aniquilamento da palavra, do modelo, do padrão. "
E este eu, também, digo:
DESTINIA

Por mais mediocre
que a visão de mim
me faça,
não resta, não sobra
outra
coisa
fato
senão
ODE
ter-me assim
do jeito e maneira
que sendo sou.
mediocre ou não
- veredicto que de meu
nada é, nada pode ser,
a não ser o fato,
simples ato,
de ser eu
aquilo que sendo sou.
mediocre ou não.
genial ou não.
pouvre or niet.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

CHISPA

ASSINTOMATICO SER QUE DE NADA ANDA AO SABER QUE DE ANDADO ANDA O ANDINO ANDES.

CRUCIFIXO

Marcha da quintessência roubada de ti de vós à voz à nós a noz que quebra dentro da caixa craniana o crânio que craneia que salvaaaaaah. Estúpida temática. Estúpida. Idiota. Abençoada seja amante da musa patética salvação. Khristós. Cross. Croa. Croix. Crucifica a temática. Salva. Fere. Mata. Morre. Finda. Começa. Taaaaaaaaaaaaa. É o ponto e o fim. É o ponto, começo ponto ponto ponta ponta ponta que aponta a ponta a ponta que aponta que aponta que aponta que aponta que aponta fim certo ahhhhh...

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Treino trena tremo só de pensar que treinando a tremer no trenó de algum um único eu todos santo de existência profícua possa saber de mais e mais do que a maioria que também treina, só que sem trena a trena que conta, que não é trena de medir, que não é trena de esticar, que não é trena de trena conhecida no um mais dois mais três que dão algo lógico e também abstrato, mas abstraído da vívida poética desmedida e vivente. Sim, possa eu saber mais tremendo mais que estes que não que não chegam que não chegam lá que não chegam lá na ponta, na ponta, a ponta da ponta que toca a bola intumescida esticada fina película apta ao rasgo explosão boooooommmmm que encharca lava e leva para outro estado lugar que este o de aqui, deste aqui já repetido em mim e por mim todos você nós temerosos e trementes trêmulas mãos e pernas e línguas e dedos unhas cabelos células grupos de partículas nada particulares ovulozóides multiplicando mais e mais dentro e fora até formar a forma que sente pensa e age em fuga tempo o todo medo da ponta na bola entre adentre e trema tudo todos explodidos medos de disseminar a si próprio em rastilhos de novos e novas do avesso desdobradas e reveladas e enfim destreinadas gentes.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

ODETTA - sometimes I feel like a motherless child - Filme de Pasolini: Il Vangelo Secondo Matteo

Cabeça dói pinto grita cu reclama goela aperta cérebro breca coração incha pernas amolecem braços pinicam mãos preguiça língua gelatina sangue aguado merda e urina umidades e pastosidades trechos nortes fontes fomes ausências e inflamados ontens de tantas memórias sujas aniquiladas desde o berço por genética própria e universal com sabores atávicos de continuísmos e continuidades fugazes em nome de um estado de coisas sequer compreendido pelo pulso que pulsa à revelia de si próprio dos sis próprios dos contigos comigos conoscos convoscos – tudo, tudo, tudo balançando de lá para cá sem nunca parar a não ser quando se vai balançar talvez sim ou não em outro lugar que de lugar é um não lugar como o que o aqui o é enfim e sempre apesar da mentira da invenção e da agonia para que a morte chegue sem dizer que chega sem falar que existe sem mostrar que é o que há desde o primeiro berro lambuzado de sangue e gosma expulsa do buraco quente e morno e solo fértil da morte que virá sem dizer quando sem falar como sem mostrar onde e assim e assim e assim por um adiante eterno e idiota visto desta vista ponto de aqui ao menos este o de agora.

domingo, 12 de outubro de 2008

Matilda tinha um cachorro que se chamava Francocineido. Ele era bonito e ela não. Os dois viviam juntos e também iam juntos para todos os lugares até que num dia não foram. Todos perguntavam sobre o motivo que os levara a não agir como de costume; e se perguntam entre si e a todo o momento este isto. Nunca em tempo algum daquele tempo até o presente tempo e momento lhes ocorreu perguntar a um dos dois a razão que os levou naquele dia em especial a não terem saído juntos. Vejam, juntos não saíram, apenas naquele dia, e depois dele dia voltaram a se comportar como sempre antes e depois. Acontece que todos se perguntaram no dia em que se deu o ocorrido bem como continuaram e continuam a se perguntar entre si em todos os outros dias e até hoje; e até hoje ainda não perguntaram diretamente assim de chofre ou soco para Matilda ou Francocineido, que ficaram sabendo dos comentários e não fizeram questão alguma de buscar responder ou esclarecer ou explicar ou relatar o motivo que os levou naquele dia a não tararatararatarara... Para eles aquilo não teve importância alguma, apenas aconteceu daquela maneira. Para os outros todos aquilo teve muita importância e acontece até hoje. Francocineido e Matilda, entre si, riem, tanto de si quando dos outros, seja em casa ou saindo juntos todos os dias. E assim tem acontecido de os outros ficarem a se perguntar e comentar e os dois a se rir, e isto até hoje e até não se soube sabe saberá quando.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Devendra Banhart - Summertime

Zumbido que zune, zumbe, zumzumzumzoeira que locupleta de poeira as narinas fechadas, tamponadas com pedras preciosas e nostálgicas de tempos imemoriais e atiçantes de novos novidades novanças e cheganças de amedrontadores horizontes longos e compridos de porvir devir sempre desconhecidos. Suga desejo do hoje para o amanhã e o desejo vai se esquecendo de eu aqui e agora para me por parir pousar colocar em algum lugar que é lá para a frente na frente do depois destes aqui tão agonicamente em gosto sabor textura velhos e chatos conhecidos. Casa, corro, morro, forro, jorro, louro, mouro, ouro amarelo de oxum cachoeira cascata verde do lado de Oxossi, mãe e pai do zunidor furta-cor plural dual múltiplo universal Logun o de Edé. Até que até lá estar arco-íris navegar escorregar mergulhar no pote do fim que é começo já lá sem o antes que lá levou. Zumbe, zune o zumbido da zoeira do sussurro do Logun de Edé filho da cascata chuá ouro Oxum e do chchchchchch vento folhas mata verde Oxossi. Tampo tampão tampas caem despencam desatarraxam abrindo canos canudos narinas jorrantes de preciosas pedras acumuladas no interior do nascedouro do Iris Arco goela adentro e goela afora. É já quase talvez daqui a pouco senão agora hora de respirar zumbindo zunindo zoeirando em vai-e-vem movimento de e da cria em ação.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Ai que frio que me dá quando está frio, o que não acontece quando está calor, pois então, sinto calor. Calor e Frio, Carlo e Fior, eles são amantes, dizem, um é quente e outro e gelado, não na convivência entre eles, mas na temperatura pessoal, digo, cada um com cada um, entende? Pois bem que o frio e o calor, feito Carlo e Fior, são a quintessência possível na estada neste plano terrestre cósmico universal de tantas e tantas vidas e encarnações, dizem. Alias, tem sido assim sempre e até quando não se sabe será. O que se sabe e sei é que está Fior e está Carlo, cada um quando o um deles é e está, se bem que esta coisa de ser e estar verbo não verbaliza e é nada a não ser uma forma de dizer, comunicar, transmitir o que se sente de calor ou frio ou mornices que são as infinitas variações possíveis entre o calor e o frio na convivência relacional entre Carlo e Fior. A bem da verdade é bom falar a verdade: não há calor e frio como pontas extremas, mesmo porque se houvesse, Fior e Carlo não estariam aqui bem como eu com este frio escrevendo estas asneiras só possíveis devido ao frio presente e ao calor sonhado e desejado que quando vem também é reclamado não no sentido de reclamar que venha, mas reclamar que está demais. É assim por estas bandas de aqui, e assim continua sendo continuamente, como este frio que não muda de temperatura e como Carlo e Fior que vivem esquentando e esfriando um ao outro. Entende?

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Sandeviche do dervixe que viche roda e devorteia na teia do círculo por onde serpenteiam sincrônicos, não consigo eles, mas com todos os todos uns que de uns não têm nada posto que um é só um tanto ali como nos lás, acolás e aléns e aquéns. Um fila que embrulha e se enrola desenrolando a linha reta para que de reta só fique o traço pensado no conceito da explicação necessária à não compreensão. Assim é quando se gira o sandeviche na boca, o dervixe no terreiro, o cérebro na taça, a goela no buraco, o coração de ponta cabeça aponta para a pineal glândula. Ponta cabeça de ponta cabeça aponta o pinto pendurado o cu para a lua a sola pé toca etéreo, cabeça coco cocuruto terra experimenta. Cambalhota do sandeviche dervixe que de ponta cabeça e virando vai virando bosta e merda que rebosteia e remerdeia vaso abaixo o sanitário e dervixando vai pr'algum lugar alimentar o alimento que alimenta o crescimento de tudo aquilo que cabe num sandeviche e também noutros e noutras coisas dervixes. Viche! Viche! Viche!

domingo, 5 de outubro de 2008

Tanto que tanto tantas e tantos tarantelam que no entorno tentam tertúlias tortas. Macaquices saltitantes e contentes de dentes enfileirados a marchar de uns para os outros, escapando pelos cantos alongados das bocas/lábios esticados para cima. Pulam e sacolejam, serpenteiam e ondulam bundas, pintos, cus e xoxotas encharcados de hormônios, suores e certos tais inchaços. Tantos e tantas com tantos e tantas e tantos com tantos e tantas com tantas e tantos com todos e todos com tantos. Tantãs e Tantonas de sobrenomes apagados pelo pó nuvem por entre as barrigas das pernas e coxas das coxas – pó de pirlimpimpim atiça línguas entre bocas adentro das umidades nas baixas dobras e pregas com viscosidades salivares receptáculos de navegantes gostos e sabores doces acres alcoólicos salgados a excitar papilas gustantes engendradoras de também outras intumescências famintas de fome visitadora de internos escuros e ocos onde noite sempre é, noite que acolhe gesta parturía uivos lanhos gemidos agonias jatos e jorros que por fim no alívio baixam o pó pir pó lim pó pim tilintinpimpim feito como e tal qual agudinhos e pacificantes de sobre o berço sons objetos que se rebatem balançantes orquestrando o sossego de quase todos os tantos e tantas tantãs e tantonas de cujos buracos auriculares se ausenciaram em tocaia tarantelas e tertúlias de futuras sempre as mesmas.

sábado, 4 de outubro de 2008

A cruza das pernas impede o que talvez não seja nada. Mas o medo de que impeça é o grande dificultador da liberdade possível nos campos de concentração de energia celeste ou terrestre. Dos extras e dos intras, que dizem ser tantos e invisíveis. Pois bem então, que assim seja amém! E tem mais do que isto nos aqueles e aquel’outros. Tanto que se fossemos contar ou classificar levaríamos uma eternidade inteira; e já que a vida não dura tanto, contentemo-nos com o calcular assim por cima a quantidade e a qualidade. O cérebro, que está no topo, diz-se rei em busca da rainha... e que se foda, pois o amigo chegou para um café!

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Então que se dê. Que se doe. Que se dane. Cuide, case, coma em coma tal qual cama e case com intervalo entre, para despencar pelo abismo aturdido e chocho da ausência de vida viva vivente por entre os entes dentes mastigantes antes e depois dos primeiros ois. Coisa rara amar amarelo d’antanho por pura risada interna e divertimento. Mas assim é e se vai. Se vai. Se vem. Se se faz se se desfaz. Cobras e lagartos são apenas memórias do terror imposto. Coisa tão banal e frugal. Sim, o terror imposto é banal e frugal e olha o todos borrando as calças por banalidades e frugalidades. Cansaço do que não se dá, do que não doa, do que se dana. Case e cuide, mas sem assim ser e fazer – uma brincadeira, entende? Apenas isto: uma brincadeira para ver o tempo passar entupindo-o de barulhos e sons, pois distrai e enleia. Lá no fim isto finda e vem outra coisa que talvez se dê, se doe e não se dane.

Selvagem universo do espectro à espera de algo que não sabe nem o que, mas que por ser algo gera a espera arrepiada de um todo empapado de sangue morno e saboroso. Vértice nevrálgico e entupido de quantidades ocas de tantas nuances obscenas e fugidias. Todas prontas para morrer e correr mil léguas cósmicas de luz, apenas para chegar lá e em lá chegando, voltar, também correndo. E isto apenas para após um e apenas um copo de um líquido qualquer, começar tudo de novo ad infinitum enjoativo.
Então é assim que se dá e se dão os pontos que enrijecem em busca de buracos que de buracos não tem gosto, mas gosto tem de pele e visões oculares empapadas de delícias libidinosas. E tudo recomeça, de início farto e farta de tudo o que virá, e ao fim farta e farto de tudo o que veio e foi. Um pé vem depois do outro, não na ordem da anatomia, mas na da vida caminhada.
Fogo que apaga a água e terra que expulsa o ar. Magia macabra não é. É magia e só magia.



sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Sempre que aqui venho rebrota em mim a sensação de que a noiva da cidade esta à solta pelos bosques vizinhos da paróquia de um deus menor e mais poderoso posto que menor.
Nunca soube de nada mais fascinante do que a existência dos ursos brancos, brancos, brancos como uma noiva livre pelas variações cromáticas do puro branco.Por vezes me salta ao olhar fremitando o coração uma nuvem, também branca, branca, branca feito campo de algodão e noiva, noiva do céu azuis que assim o é apenas para revelar sua nuvem noiva a se entreter, deliciar e flanar testemunhando o urso branco e a virgem pelos bosque a correr em fuga, para longe, muito longe da mancha prometida que entristecerá o céu, o bosque e a cidade cheia de noivos nada brancos mas de belos pincéis multicoloridos nas mão, nos pés, nas línguas e por entre as pernas quase sempre cabeludas.