segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Cabeça dói pinto grita cu reclama goela aperta cérebro breca coração incha pernas amolecem braços pinicam mãos preguiça língua gelatina sangue aguado merda e urina umidades e pastosidades trechos nortes fontes fomes ausências e inflamados ontens de tantas memórias sujas aniquiladas desde o berço por genética própria e universal com sabores atávicos de continuísmos e continuidades fugazes em nome de um estado de coisas sequer compreendido pelo pulso que pulsa à revelia de si próprio dos sis próprios dos contigos comigos conoscos convoscos – tudo, tudo, tudo balançando de lá para cá sem nunca parar a não ser quando se vai balançar talvez sim ou não em outro lugar que de lugar é um não lugar como o que o aqui o é enfim e sempre apesar da mentira da invenção e da agonia para que a morte chegue sem dizer que chega sem falar que existe sem mostrar que é o que há desde o primeiro berro lambuzado de sangue e gosma expulsa do buraco quente e morno e solo fértil da morte que virá sem dizer quando sem falar como sem mostrar onde e assim e assim e assim por um adiante eterno e idiota visto desta vista ponto de aqui ao menos este o de agora.

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