Lugar local este cada um de nós que em separado segue em ser: múltiplas chaves a pré-rogar possíveis habilidades outras e tantas contidas num só estufado pacote dito impossível de se exercer nas todas e várias faces nada fáceis, devido múltiplas e variáveis. Eis a fachada ambiente mesa onde tudo se põe se espalha distribui exasperando o ser, o dito assim único: fantasia - ledo engano (MAIA) ilusão - de ser apenas este numa existência que em real estado e o de todos aqueles estes (os SEM-CORPOS) berrando desde a periferia ao dentro, no centro, o cetro, o ponto que aponta, acusa, reclama, sofre, agonia por desde toda a memória de-sen-vol-vi-da e que a tudo do ser segue afunilando em cada vez mais estreita cloaca, que por menos e menor, transbordar faz o acima, na boca a maior, a que recebe, a que aberta e larga está, hora, escorrendo para fora, borbotando e encharcando os vazios espaços, ocupando-os em desespero e inchaço. Desafunilar? Tornar tubo largo frouxo? Desfazer? Desdizer? Destronar funil? Desviolar, desmiolar? Eleger, entronar a largura? Instaurar livre escoar, lépido e fagueiro exercício de felicidade outra que não a possível, mas a que existência é? Múltiplas chaves a pré-rogar habilidades nestes cada um de nós que em separados seguem cegos cegados cegantes gigantes talvez um dia quem sabe, saberemos, de algum local lugar.
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
DANI UMPI - CALIFORNIA (QUE EL CIELO EXISTE)
CALIFORNIA (que el cielo existe) - ESTEBAN GARCIA
que el dia sea clarísimo
que lá comida sea sabrosa y abundante
que los amigos sean divertidos
que la cama sea blanda
que los espejos sean grandes
que haya blueberries y helado de postre
que el beso sea largo y mojado
que la billetera esté hichada
que el agua y la sombra sean frescas
que alguien cuente algo que haga reir
que salgas de compras en paises extranjeros
que la heledera esté colmada
que la piel sea suave, oscura y olorosa
que el fin de semana haya una megafiesta
que esté él
que la ropa sea nueva y esté de moda
que tu cuerpo se vea espléndido al moverse
que sientas como siente un animal
que te guiés solamente por el tacto y el olfato
que goces como una pera
que seas profundamente triste y salvajemente alegre
y extremadamente agitada y absolutamente tranquila
que haya música moderna cuando tengas gana de bailar
que los desconocidos saluden y digan hola
que brillen las estrellas
que nada te preocupes
que no esperes nada
que vos des el primer paso
que solamente lo hagas
que no pienses en nada más que en eso
que no pienses en nada
que no pienses en nadie
ni en vos misma
que ya no tengas miedo a nada
que arrases con todo
INDIA SONG (Para Cortar Os Pulsos)
cortar os pulsos
chance à morte
tão nossa de cada dia
escoar a seiva
escorrer a fonte que pulsa
espalhar
empapar
espargir a benta viscosidade
lavar por dentro
benesses do avesso
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
É TUDO TÃO RÁPIDO - CA RC
Vídeo utilizando trecho final do filme de divulgação do trabalho do artista Cezar Altai, suas pinturas tridimensionais denominadas Vudus Pictóricos. Tom Waits participa, pois foi esta canção que deflagrou a necessidade da construção do vídeo.
domingo, 26 de outubro de 2008
ENTENDER SER PRECISO NÃO SER PRECISO ENTENDER
Do peito, Amigo, sem calculo intenção, exige deste aqui exigir-se texto palavras umas atrás das outras - fila seqüência encordoamento teia trama luz sobre seculares não-entendis acusatórios:
Entre há entre entender/não entender. Reside mora habita aí parar respirar olhar ficar - liberdade “põe” ética, descoberta poética de um ou mais possíveis, dantes não entendido por e devido o tal entender ter que, e de. Dar trabalho se por ao trabalho trabalhar atenção intenção permissão – a auto - ato de quedar diante do diante. Silenciar entender-não-entender. Fim a que apenas o apreender dê a si a compreensão adiante mais após além abismo Dionísio, o Louco. Depois do vivido? O entender que engendre a ordem que, por si e per se, ordena a desordem! O “vai e vem sem fim” filme ficção literatura invenção esgar fatia visível apenas parte do mais e mais articulador de vidas almas esquecidas de si – as próprias que em pequenos barcos salva-vidas guetos imperativos de entendimentos e imperadores de territórios, tempo o todo, medrosos por ausência vazio do exercício exército inteligência não medida não pesada não estática estatística âncora fincada no lamaçal lamacento lamentoso eterno lamento de ser preciso entender o não preciso, o impreciso. Tudo como se o raciocinar fosse linear linha reta, como se sobre mapas o passo-a-passo lei fosse, como se no mundo tudo de pronto fosse legível, como se estanque fosse a loucura entre grades, como se o amor cristaleira fosse de bibelôs. Como se a alma fosse mero detalhe e a vida, fedentina fossa.
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
IVO POGORELICH - SCHERZO No. 3, OP. 39/CHOPIN
Pogorelich o Ivo uivo lanho relich bicho relichioso religioso régio religare do latim conceito do estar lá aqui entre tocado pelos deuses ditos da presença inteira no íntegro ato fato divino-na ação comunicação interação convocação do estado de presente presença ambígua a ambiguar cima baixo fora dentro certo incerto concerto com c de som de s conserta ferramenta instrumento nosso corpo todo inteiro de primevo a contemporâneo instinto intelecto alma soma de Z a Amalgamada num só todo vertente em dedos religiosos dados religando pontas tantas soltas ao léu sem céu sem chão sem conexão com vida como simples viver vivere pleno de víveres vísceras de vivas cheias fartas fortes francas frescas frondosidades flamejantes.
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
VERA FOI, ELE NÃO
Desta vez, esta última ex-novamente, ela se foi para não mais voltar nunca d’outra vez. E não voltou nem para de onde veio quando veio lá esperar, cansar e se ir, por duas vezes. Não, ela não voltou para de onde veio. Sumiu. Disto ele soube, depois, agorinha tem umas horas - contaram. Soube e não foi. Ficou sem ir saber mais - o mais que ela fez querer ele fosse saber e ficasse sabendo. Dela? Não se sabia, ninguém. Dele? Lá, parado, dizem, para sempre estaqueado mesmo, no sentido à vera, pois Vera veio e apareceu há pouco, pouquinho mesmo, tem meia hora para ele lá; ele que não foi e nem precisou, pois ela veio. Só que veio só. Só do mundo este nosso Só apartada do vivo estado, trazendo marcas ainda roxas das rochas e o sangue escorrido escorrendo ainda em quantidade tal que ele não teve outra saída a não ser ao ver pular correndo de dela medo. Pulou, do dele quarto no andar segundo. Caiu vindo a falecer de estaca espeto fincada antes só no chão e agora também nele. Embaixo da janela, contam ainda vendo os que têm olhos de ver coisas estas estranhas, ela passa ele fica, ela vai ele fica, ela some ele fica embaixo da janela, estaqueado, estancado, de zóio arregalado parecendo ver Vera indo, indo, indo e sumindo.
terça-feira, 21 de outubro de 2008
BALADA PARA MI MUERTE
Em canceriana casa, noites altas, limitado equipamento e criativa excitante angústia, horas dias depois do encanto primeiro, aquele com Mina, finalizei o esboço (como sempre parece ao artista) daquilo que mais um passo é.
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
BOLINHAS
WHAT A DIFERENCE A DAY MAKES
What o que mesmo? O mesmo quê que fala a todos os todos de todas e todas as partes da vontade ser dentro e fora de ver e ter transformado dia num o mundo vida fatia cotidiano eternidade. Que seja o em que dia tudo mudou, que em aconteceu de o tudo, tudo , tudo ficou ficar ficará possível. Sendo este tudo o tudo e todo que impregnado do único capaz cujo nome não ouso arrisco emito vacilo macular escrevendo aqui e agora posto que já dito e ansiado e sentido e desejado e cacete-a-quadro, desde que o cacete seja o bom que de alma e corpo e arte é mistura gozante e derramante de sêmen-entes vários, múltiplos e somantes tanto fazendo se quatro, seis, dois; 11 7 3 ou 2, desde que difference faça.
domingo, 19 de outubro de 2008
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
CONSIDEREMOS, AO MENOS - DIGO
E JIDDU, o KRISHNAMURTI, propõe:
Por mais mediocre
que a visão de mim
me faça,
não resta, não sobra
outra
coisa
fato
senão
ODE
ter-me assim
do jeito e maneira
que sendo sou.
mediocre ou não
- veredicto que de meu
nada é, nada pode ser,
a não ser o fato,
simples ato,
de ser eu
aquilo que sendo sou.
mediocre ou não.
genial ou não.
pouvre or niet.
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
CRUCIFIXO
Marcha da quintessência roubada de ti de vós à voz à nós a noz que quebra dentro da caixa craniana o crânio que craneia que salvaaaaaah. Estúpida temática. Estúpida. Idiota. Abençoada seja amante da musa patética salvação. Khristós. Cross. Croa. Croix. Crucifica a temática. Salva. Fere. Mata. Morre. Finda. Começa. Taaaaaaaaaaaaa. É o ponto e o fim. É o ponto, começo ponto ponto ponta ponta ponta que aponta a ponta a ponta que aponta que aponta que aponta que aponta que aponta fim certo ahhhhh...
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
terça-feira, 14 de outubro de 2008
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
domingo, 12 de outubro de 2008
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
terça-feira, 7 de outubro de 2008
domingo, 5 de outubro de 2008
sábado, 4 de outubro de 2008
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
Então é assim que se dá e se dão os pontos que enrijecem em busca de buracos que de buracos não tem gosto, mas gosto tem de pele e visões oculares empapadas de delícias libidinosas. E tudo recomeça, de início farto e farta de tudo o que virá, e ao fim farta e farto de tudo o que veio e foi. Um pé vem depois do outro, não na ordem da anatomia, mas na da vida caminhada.
Fogo que apaga a água e terra que expulsa o ar. Magia macabra não é. É magia e só magia.