segunda-feira, 30 de março de 2009

NÃO É MESMO?

Sempre se tem a noção medida e calculada de que está sendo o que está sendo?
Não, é claro!
Então porque a hegemonia do pensar que assim é? Se bem que não é a hegemonia do pensar, mas a facilidade de assim habituar – creio. Uma equação equívoca para mentes equivocadas. Se bem que não é a mente a equivocada, mas o cérebro e seu habituar – vejo.

Certa vez disse que nada é linear. E assim o é! E porque então a alma presa na reta? Se bem que não é a alma a presa da reta, mas o medo. Ou melhor, o medo é o estratagema da reta. E isto sempre, mesmo que curva pareça - observo.
Dizem o aprendizado plantar e a educação construir o futuro de cada e todos. E o hoje futuro de ontem a quantas anda por dentro dos humanos seres em suas íntimas “colheita” e “arquitetura“?
Anda, dizem.
Desanda - digo!
Anda, aceito, como sempre andou: aos empurrões entre o abaixo da cintura e o acima do pescoço. Desanda, escrevo, desandando as vísceras e destemperando os sabores do órgão que cria e ama - alma.

E tudo é e está como é e está em estando e sendo. E não há nada de errado aí, aqui ou lá. Tudo está certo – admito. Se tudo faz parte da trama... Se não cai uma folha sem a autorização Daquele, ou de Outro que já se foi, ou de Um que talvez venha... Então está tudo certo, não é mesmo? Mesmo estando errado, não é mesmo? Então se pode dizer que certo e errado, em seu nascedouro, são o mesmo, não é mesmo?
Então porque a hegemonia do habito de pensar em certo e errado? Não é mesmo? Então porque o habito de o cérebro equivocar certo e errado? Não é mesmo? Então porque a reta e seu estratagema, o medo, conduzirem pensamento, aprendizado e educação? Não é mesmo?

Sim! É mesmo!

domingo, 22 de março de 2009

domingo, 8 de março de 2009

PORCOS DA IDADE MÉDIA


Uma vez, na Idade Média, eu tive um sonho.
Um daqueles sonhos rápidos e inesquecíveis.

Quando dei por mim, flutuava.
Flutuava acima das muralhas.
Acima das muralhas do castelo em que vivia.

Lembro que no sonho,
senti falta dos porcos.
Daqueles que eu cuidava.
Senti falta do cheiro.
Do cheiro deles.
Do cheiro daqueles porcos.
Daqueles porcos que eu cuidava.

Engraçado!
Tinha sob minha visão a paisagem,
toda, ampla, bela, forte, fresca, minha...
...minha dádiva vista de cima,
Lá de cima, de onde flutuava.

Engraçado mesmo!
Aquilo tudo a me embevecer...
E eu me lembrando dos porcos.
Lembrando dos porcos que, lá embaixo, eu cuidava.

segunda-feira, 2 de março de 2009

FIO


era um fio um fiozinho fino fininho de quase não se poder ver – tênue (dizem) – ali naquela medida eternamente provisória (e tão admirada pela literatura)